Celso Athayde, o líder da Cufa, do Data Favela e da Favela Holding vem me ensinando que posicionamento é indispensável quando queremos defender o que acreditamos e deixa evidente a importância de termos novas referências.

Ultimamente venho me pegando muito reflexivo sobre escolhas, presente e futuro. Tentando entender como ser assertivo em uma luta que escolhi travar a favor de representatividade, inclusão e diversidade

Em uma música, chamada Inácio da Catingueira, Emicida fala sobre ser ESTRATEGISTA, sobre a necessidade que marginalizados e marginalizadas tem de gol e não de polêmica. Sobre a importância do mundo nos reconhecer como ótimos jogadores e bons cavalheiros.

Sempre interpretei essa mensagem da seguinte forma: existe a hora de falar mais alto, existe o momento de ficar calado, existem os momentos de luta e existem os momentos de escolher batalhas.

A Merin, sendo uma das batalhas que escolhi lutar, é um exercício diário de resiliência e de POSIÇÃO diante dessas possibilidades de estratégia. Agora no começo da tarde me lembrei de um dos momentos que mais me marcou nesse 1 ano e meio de luta.

No começo de 2020, fomos convidados para palestrar no Seminário que acontece trimestralmente na Associação Comercial de Varginha e na oportunidade algumas coisas me passavam pela cabeça.

Sempre digo isso como forma de reconhecer a realidade criticamente: o mercado em que escolhemos começar a consultoria é viciado. São pessoas muito parecidas que comandam os negócios por aqui. No Seminário da Aciv nós seríamos recebidos por empresários e empresárias que sempre discutem as mesmas ideias, vindas das mesmas referências.

No dia da palestra, a nossa presença já era um posicionamento político. Pra complementar, eu estava com o cabelo descolorido.

Muito mais importante do que o visual (rs), eu estava ali pra representar, timidamente, uma IDEIA. Nós precisamos furar a bolha e olhar pro lado. Precisamos limpar nossas referências e começar de novo.

Hoje de manhã li uma matéria no meio e mensagem que traz o Celso Athayde, grande empreendedor brasileiro que representa o nosso país que não fala inglês desnecessário, que não lê a bibliografia tradicional das grandes universidades e que mostra que inovação e criatividade também vem das ruas, das periferias e das margens da sociedade..

O Celso é uma aula de história que reforça a importância de termos VOZ. A Merin tenta ser, introdutoriamente, essa mensagem. A causa deve ser maior do que o nosso conteúdo, por isso eu te convido: sai da bolha, se descontrua e se reconstrua.