A 1ª Conferência Latino-Americana do Capitalismo Consciente aconteceu nos dias 19 e 20 de março e participar do evento só reforçou que a decisão de empreender que tomei foi correta. Nesses dois dias, pude ver o quão forte pode ser o propósito dentro de uma empresa e na vida das pessoas que passam de alguma maneira por elas. Foi uma experiência incrível estar perto de tantos profissionais de sucesso e que sempre buscam o melhor de si mesmos para promover o desenvolvimento dos outros.
Durante o evento, vários pensamentos e sensações foram se concretizando e diante deles pude tirar 7 ensinamentos após reflexões e contatos com algumas pessoas. Participar da conferência foi um investimento que, depois da lista abaixo, vai ter feito ainda mais sentido para mim e espero que incentive você a participar de eventos como esse, que só têm a acrescentar pessoal e profissionalmente. Então, vamos aos aprendizados da 1ª Conferência Latino-Americana do Capitalismo Consciente – CCLAC 2019:
1 – Conheça e aproxime-se de referências profissionais da sua área. Elas podem ser mais acessíveis do que você imagina.
O Filipe (meu amigo e sócio) me ensina muita coisa e uma delas é o hábito de assistir a palestras, entrevistas e cases de grandes profissionais e empresas da minha área e áreas afins. Foi por conta desse hábito que tivemos duas ótimas oportunidades no evento. Pudemos conversar e compartilhar experiências com Ulisses Zamboni, co-fundador da Santa Clara. Uma das agências referência em planejamento estratégico e o grande responsável por nos apresentar o movimento do Capitalismo Consciente. Conhecer e reconhecer (com gratidão) um profissional do gabarito de Ulisses é motivador. Só por isso o evento já teria valido.
Pudemos ainda trocar uma ideia rápida com uma das nossas maiores referências: Rony Meisler, CEO e co-fundador da Reserva. O melhor desse encontro foi entender que o propósito de um negócio e/ou empreendedor tem que se manifestar em todas as situações possíveis. O propósito da Reserva é: emocionar, cuidar e surpreender as pessoas todos os dias. E para a nossa surpresa, o Rony teve uma atitude que nos deixou sem reação e emocionados ao mesmo tempo, mas ainda é segredo!
São várias as recompensas de acompanhar e ter referências como eles. As principais são o seu crescimento profissional por meio de inspiração e os diversos insights que se pode ter a partir do que eles fazem. Os encontros com essas pessoas servem para expressar gratidão, potencializar a admiração e dar aquele gás para seguir em frente. Obrigado mais uma vez, Ulisses e Rony.
2 – Planeje-se para participar de eventos que vão agregar conhecimento e contatos.
Eventos como a Conferência Latino-Americana do Capitalismo Consciente não são baratos, mas o custo-benefício é altíssimo. Nada que um hostel ou Airbnb não te ajude a deixar a viagem mais em conta. Eu gastei aproximadamente R$ 350,00 somando dois dias de hospedagem, passagens de ônibus ida e volta (só aqui já foi R$ 180,00, se arrumar uma carona sai mais barato), alimentação e deslocamento para o evento e para o apartamento. Dava para ter economizado mais um pouquinho se quisesse. Não é um valor baixo, mas provavelmente se somar os seus gastos desnecessários ou não importantes mensais, em até 06 meses você vai ter uma quantia parecida. Sim, aquele lanche poderia ser evitado. Aquele rolê que você deu por impulso e se arrependeu depois. Várias outras situações poderiam bancar sua estadia e deslocamento. Vamos ser honestos! Planeje-se e participe de eventos como este. Além de poder aprender muita coisa, você vai ter oportunidades de negócio, networking e intercâmbio de experiências que podem ajudar muito a sua carreira. O ingresso para inscrição é como um investimento em um curso ou treinamento. Vale a pena!
3 – Uma frase da Monique Evelle que cada vez faz mais sentido na minha vida: Não compare o seu início com o meio de ninguém.
Quando você valoriza o seu estágio atual e para de se comparar, você descobre que pode contribuir inclusive para as suas referências. Valorizar o seu estágio atual não é se contentar com o que já fez, de maneira alguma. É saber que você tem que fazer mais do que fez ontem, se for possível. Pense na sua evolução, tenha equilíbrio e exija resultados melhores comparados aos anteriores, não aos de outras pessoas. Depois que essa consciência é adquirida, naturalmente o seu desenvolvimento começa a aparecer mais. Torne-se a melhor versão de si mesmo todos os dias, porque quando tiver a oportunidade de encontrar com profissionais que estão com o “meio” mais avançado que o seu, vai perceber que mesmo assim você vivenciou coisas que eles não tiveram chance e poderá contribuir com a sua experiência e perspectiva sobre a sua profissão. Essa sensação é libertadora e maravilhosa, mas só vai acontecer quando parar de se comparar com os outros e começar a se comparar consigo mesmo.
4 – Não pense o segundo idioma como diferencial profissional, mas sim um diferencial de aprendizagem e experiências.
Você consegue tranquilamente dar aquela enrolada sobre o segundo idioma em uma entrevista de emprego ou no dia a dia de trabalho. Mas a hora da verdade aparece em eventos como o CCLAC 2019. O segundo idioma pode ser o combustível da sua curiosidade também.
Nos dois dias da Conferência Latino-Americana do Capitalismo Consciente tivemos palestras em inglês e no segundo dia tivemos a venezuelana María Antonia Marturet (que pessoa incrível!) como painelista em um dos debates do evento. Além de alguns practicums que não pude participar que também eram em espanhol. Existia a possibilidade de contar com a tradução simultânea, mas por melhor que seja o intérprete, a experiência não se compara com a de ouvir a voz e “atuação” do palestrante. O Filipe que havia solicitado o serviço, acabou devolvendo o fone porque estava melhor sem a tradução. Eu peguei para ouvir e realmente a diferença é gritante. E isso nem é uma crítica, é como a gente vê pela TV em jornais e afins. Algumas palavras do idioma original sempre se perdem na tradução e isso atrapalha bastante. Ao final do evento ainda pude conversar rapidamente com a María Antonia, que foi muito simpática e motivadora após ouvir a explicação sobre o modelo de negócio da Merin Erin.
5 – Não tenha vergonha ou medo de ser o primeiro, mas é sua obrigação compartilhar as experiências para que mais pessoas possam ter a oportunidade que você teve.
Não deixe de ir a lugar algum por não ter ninguém conhecido, vai ter sempre alguém para fazer contato nesses eventos. A hora do coffee break é excelente para isso! Mas nada adianta ir em um evento assim e guardar tudo para você. Compartilhar sua experiência é estabelecer uma relação pessoal de ganha-ganha-ganha (expliquei no fim do parágrafo). Além de fixar e aprender mais quando uma pessoa ensina outra, quem se interessa pelo que você está compartilhando também vai aprender e pode querer embarcar em uma próxima viagem com você. Logo, você não vai estar mais sozinho.
Não tem porque não fazer isso. Todo mundo só tem a ganhar quando conhece novas coisas isso é compartilhado.
Ganha 1: Você fixa e aprende mais quando ensina alguém.
Ganha 2: Quem se interessar pelo que você está compartilhando vai aprender e pode querer embarcar numa próxima viagem com você.
Ganha 3: Você não vai mais estar sozinho.
6 – Algumas coisas boas acontecem de um jeito que você jamais esperaria, basta oportunizá-las.
Esse ponto vai para compartilhar uma experiência do segundo dia da Conferência Latino-Americana do Capitalismo Consciente: fui fazer o practicum do livro ‘Liderança Shakiti’. Só de ter um contato de aprendizado mais próximo com a Nilima Bhat e Raj Sisosdia já seria incrível, mas mal sabia que teria mais por vir. As mesas da sala eram para duas pessoas e já havia alguns participantes na sala, mas optei por sentar numa que ainda estava vazia, com o pensamento de que poderia ter uma surpresa com o/a colega que sentaria ao meu lado. Realmente tive. Deixei minha mochila na mesa e enquanto fui pegar um autógrafo no livro do Capitalismo Consciente com o Raj, o Augusto sentou-se no lugar vazio. Durante o exercício de troca de experiências ele me contou que era sócio-fundador da Dobra (uma das startups homenageadas do evento), uma das marcas mais legais que conheço e eu admiro muito os produtos da empresa (Eles fazem carteiras, bolsas e tênis de PAPEL). Após ter ouvido sobre a Merin Erin, o Augusto disse que o tema do seu TCC era algo parecido com o nosso modelo de negócio. Trocamos contato e agora vamos tentar ajudar um ao outro em nossos projetos. Pode parecer pequeno, mas foi gratificante conhecer, ao acaso, alguém que está por trás de uma empresa que curto e que tem um propósito tão legal.
7 – Conheça o seu propósito e tenha foco nos objetivos. Vai ser bem mais difícil o seu esforço não ser recompensado.
Longe de mim querer tratar esse ponto como meritocracia, ou dizer que a recompensa é 100% garantida. Os 6 aprendizados anteriores levam a este último. Ter foco é dizer não. Se você foca e se empenha em alguma coisa, vai ser bem mais difícil não colher os frutos. Pode demorar, mas é preciso acreditar e nunca se esquecer do propósito pelo qual você está trabalhando. Sempre que precisar de ajuda, procure pessoas que te apoiam, que querem o seu bem e te incentivem. As respostas e comprovações vêm com o tempo e é gratificante o momento em que você reconhece que realmente acertou na escolha. O seu objetivo tem que ter nome e cada dia que passa ele se aproxima mais de ser alcançado. Nunca deixe ele desviar do seu propósito. Ah, e a última dica muito importante: nunca comemore o gol antes da bola entrar no fundo da rede. A frustração de quando ela bate na trave pode te atrapalhar muito, esteja atento.
E aí, vem comigo para o próximo evento? Espero convites!
Conteúdo originalmente publicado no Linkedin
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